sexta-feira, setembro 07, 2007

MOTELx - ABERTURA COM FORTES GARGALHADAS



Um novo festival de cinema invadiu a cidade de Lisboa. Tem o nome de MOTELx (Motel de Lisboa) e veio prometer muitos sustos durante cinco dias. Com duração de 5 a 9 de Setembro no Cinema São Jorge, a noite da abertura ficou marcada por gargalhadas em vez de gritos.


O Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa (MOTELx) consiste numa mostra de cinema subordinada a um género da 7.ª Arte, por sinal, o mais temido de todos, o Terror. Apresenta-se como um festival diferente, por ser não competitivo. Pretende mostrar o melhor do cinema de Terror, em todas as suas variantes.


Com direcção a cargo de Pedro Souto, João Monteiro e João Viana. O MOTELx assume-se como uma nova vertente do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pelo Cineclube de Terror de Lisboa (CTLx). Este tem vindo a promover a exibição de filmes de Terror contemporâneos provenientes de vários países, e ignorados pela distribuição comercial.


Risos em tempo de Terror


O arranque do certame foi feito com uma grande expectativa por parte do público. Muitos foram os que acorreram ao Cinema São Jorge, mítico espaço cinematográfico na cidade de Lisboa, por amor ao Terror ou à sétima-arte.


Para a ‘grande noite’ a organização decidiu contemplar a curta-metragem “Sangue sobre Vermelho” do português Pedro Baptista e o documentário “The American Nightmare” (O Pesadelo Americano).


Um pai (João Urbano), uma avó (Urbana Conceição Jesus), uma menina – a Mariana (Ana Raquel Ramos) e um caçador (António Garcia) são os personagens da história de abertura do certame. “Sangue sobre Vermelho”, com apenas 12 minutos de duração, desapontou os espectadores devido ao fraco argumento e à duvidosa interpretação por parte do elenco. Mostra-nos uma família humilde numa casa algures numa aldeia de Portugal.


Uma espécie de ‘capuchinho vermelho’ transtornado e com inversão narrativa. O lobo era o pai e Mariana o caçador. Mas, nem só de coisas más é feita a curta de Baptista. Sangue sobre Vermelho é excelente na direcção de fotografia (a cargo de Rui Poças) e técnicas de filmagem/montagem (Pedro Baptista) e terrível nos efeitos visuais, argumento e interpretações.


Do que é feito o ‘Pesadelo’?


Adam Simon apresenta num documentário de 73 minutos, “The American Nightmare”, a origem do Terror. Mestres como George Romero, Wes Craven, Tom Savini, Tobe Hooper, David Cronenberg e John Carpenter relatam o que os levou a fazer Terror.


O surgimento de filmes de Terror dá-se com a influência social. O Terror existe no mundo real através das guerras. Há assassinatos macabros, por isso, aquilo que é transposto para o grande ecrã pelos mestres do Terror não é uma coisa tão surreal.
“The American Nightmare” é um documentário extremamente interessante, mas simultaneamente confuso na forma como os vários testemunhos surgem ligados.
Os sustos que vão vir…


Cinco dias de horror marcados por exibições, exposições (ilustração e fotografia), concertos ao vivo, lançamento de livros (Contos de Terror do Homem-Peixe), workshops, conversas e debates na primeira-pessoa com os realizadores convidados e o prolongamento da noite com as festividades programadas no âmbito do festival.