domingo, julho 30, 2006

Velocidade Furiosa: Ligação Tóquio (2006)



Título Original: Fast and Furious: Tokyo Drift
Realização: Justin Lin
Argumento: Chris Morgan
Género: Acção
Intérpretes: Lucas Black/ Nathalie Kelley
Comentário:
A plot resultou muitíssimo bem no primeiro filme da “saga”. Em Velocidade Furiosa o grande ecrã foi invadido por carros de tunning e a velocidade era algo que circulava nas veias não só das personagens como nas dos espectadores.
Velocidade Furiosa foi um êxito de bilheteira e como já vai sendo habitual no mercado cinematográfico, se o primeiro foi bom então há que arranjar mais meia dúzia do com o mesmo formato.
Seguiu-se Velocidade Mais Furiosa, não tão bom quanto o primeiro. Mas que esperar das sequelas?
Em 2006 o grande ecrã foi novamente invadido por estas viaturas transformadas. Abandonou-se a terra do tio Sam e deu-se um salto para a terra do Sushi. Foi no Japão que a moda de tunning e de racing começou.
Se espera que esta velocidade furiosa seja racing atrás de racing, está plenamente enganado. Aqui o conceito é drifting e o que interessa é saber dominar o carro.
A plot da promoção feita ao filme parecia interessante, carros em alta velocidade na cidade de Tóquio. O grande problema desta ligação Tóquio é a superficialidade com que tudo é tratado. As personagens não desenvolvem, por vezes não têm nada de convincente e as cenas não são tentadoras como seria de esperar. A cidade não é explorada. Ao contrário do que Sofia Coppola fez em Lost In Translation, Justin Lin opta por não explorar a cultura asiática. Como seria de esperar há sempre lugar para o amor. No entanto, nem neste aspecto a intriga se torna densa.
Ao contrário do que seria de esperar o choque cultural é quase nulo. Numa fase muito incial, a lingua surge como obstáculo. Alguns frames depois já temos quase todo o elenco a falar em inglês.

O grande choque cultural (mínimo se o compararmos com o que é tratado em Lost in Translation) consiste na prática de drfifting em vez de racing.

Fora estes pequenos detalhes, parece que Tóquio é uma província dos EUA, onde o inglês é a língua mãe e o japonês não passa de um dialecto.

Que esperar das velocidades furiosas que se seguem?

Classificação:

Hard Candy (2005)


Título Original: Hard Candy
Realização: David Slade
Argumento: Brian Nelson
Género: Drama/Thriller
Intérpretes:Patrick Wilson/ Ellen Page/ Sandra Oh


Comentário:

Uma adolescente de 14 anos (madura de mais para a idade) conhece, através da Internet, um fotógrafo de 32 anos.
De forma a suportar a ideia de que ele é pedófilo, não ousa em seduzi-lo e vai até à casa deste para sustentar a sua teoria.
Nos primeiros frames de Hard Candy todos gostamos de Hayley (Ellen Page). É uma menina de 14 anos, muito culta, com quem todos nós teríamos uma agradável conversa.
Quando acedemos à teoria de Hayley (que Jeff (Wilson) é pedófilo) sentimos pena da menina e aguardamos que a qualquer momento nos seja revelado que aquela sequência não seja mais que um bad dream.
Será que continuaremos a sentir o mesmo… quando o «capuchinho vermelho quiser comer o lobo mau»?
O ponto forte de Hard Candy é esta dualidade que é imposta ao espectador. De quem devemos sentir pena? Da “menina abusada” ou do pedófilo?
É que o pedófilo desta trama é a verdadeira vítima da tortura.
De que lado ficamos?! Ele nunca devia ter abusado de menores, mas ela também não tinha qualquer legitimidade em abusar de alguém daquela maneira.
Hayley metamorfoseia-se numa criatura demoníaca. Por alguns momentos desejamos que o feitiço se volte contra o feiticeiro e que esta seja torturada e até morta.
Hard Candy torna-se através do seu argumento e das filmagens rápidas, um filme perturbador, no entanto não deixa de se revelar um filme de culto.


Classificação:

TRAILER

Que Sorte a Minha (2006)


Título Original: Just my luck
Realização: Donald Petrie
Argumento: I. Marlene King / Amy Harris
Intérpretes: Lindsay Lohan/ Chris Pine/ Missi Pyle

Comentário:

Ashley (Lindsay Lohan) é uma Nova-iorquina cheia de sorte. Para ela a expressão “bad day” não consta no dicionário, até chegar o dia em que o destino lhe prega uma partida. Jake (Chris Pine) é uma espécie de iman que atrai todo o azar. Ao beijarem-se num baile de máscaras não se apercebem das sérias consequências que aquele beijo pode trazer.

Just my luck é composto por vários momentos hilariantes, situações do quotidiano que são efectivamente a receita diária de qualquer azarado.


Lindsay Lohan não é nem nunca foi uma grande actriz mas consegue criar uma personagem convincente, com a qual o público tende a simpatizar. Em Just my Luck, Lindsay Lohan mostra uma certa evolução tendo em conta filmes como Freaky Friday e Confessions of a Teenage Drama Queen (sobretudo este último). Chris Pine mostra-se à altura do papel.

Alguns efeitos foram bem aplicados, nomeadamente o da abertura do filme.

As sequências desastrosas (pelas quais Ashley e Jake têm de passar) não caem no ridículo e estão à disposição de qualquer comum mortal.

A grande revelação do filme acaba por ser a introdução que é feita à banda Britânica Mc Fly.

As personagens secundárias passam quase como terciárias ou meras figurantes especiais no decorrer da película.

Aconselhável aos que procuram uma matiné descontraída e marcada pela diversão.
Então... continua a achar-se o maior azarado, à face da terra?!



Classificação:




Scoop


Já tinha apresentado o poster, desta feita é a vez de apresentar o trailer. Ainda sem data marcada para Portugal, o mais recente filme de Woody Allen apresenta-se como uma produção hilariante e imperdível.
O Bónus: Woody Allen faz parte do elenco!

quinta-feira, julho 27, 2006

A Casa da Lagoa (2006)




Título Original: The Lake House
Realizador: Alejandro Agresti
Argumento: David Auburn
Género: Romance/Fantasia
Intérpretes: Sandra Bullock / Keanu Reeves

Comentário:

«Não é uma comédia romântica... é uma bela história de amor»



Kate (Sandra Bullock) deixa uma carta ao novo inquilino, ao abandonar a Lake House (uma casa feita de vidro, sob a lagoa). Alex (Keanu Reeves) encontra essa carta e acha estranhas algumas das considerações feitas nesta, por Kate. A caixa de correio da Lake House torna-se no local onde ambos encontram a sua correspondência... algo perfeitamente natural, se não houvessem dois anos de diferença entre a estadia de ambos os inquilinos naquela casa.

Todo o magnetismo da plot revela-se nesta pequena revelação «A mesma casa, a mesma caixa de correio... dois anos de diferença». A pequena revelação tida no trailer, revela-se um verdadeiro chamariz às salas de cinema.

A paixão pelos intervenientes (que nunca se viram) torna-se inevitável. Uma das interpretações mais marcantes (so far) de Sandra Bullock, uma mulher claramente madura e independente.

As interpretações de Sandra Bullock e de Keanu Reeves acabam por encantar o espectador, fazem-no apaixonar pela história, fazem-no vibrar com aquele casal que necessitaria de uma máquina do tempo para solucionar os seus problemas.


The Lake House é a revelação do ano no que respeita a filmes alusivos ao amor. O argumento está muitíssimo bem escrito, o recurso a efeitos decorreu nos momentos indicados. São notáveis algumas falhas na montagem de som (momentos de banda sonora).

Este é um filme marcado por twists, que apaixona o espectador e que leva às salas de cinema não só mulheres como um vasto número de homens (sem se apresentarem acompanhados).

Classificação:


quarta-feira, julho 26, 2006

Estreias a 27 de Julho

Brisa de Mudança
Candy
Há dias de Azar
Que sorte a minha!
Stay Alive
Um Detective em Apuros
A Casa da Lagoa

Que agradável surpresa!


O regresso de uma das obras de Tim Burton.

Título em Português: O Estranho Mundo de Jack

terça-feira, julho 25, 2006

Edison (2005)



Título Original: Edison
Realização: David J. Burke
Argumento: David J. Burke
Género: Crime / Drama / Thriller
Intérpretes: LL Cool J/ Morgan Freeman/ Kevin Spacey/ Justin Timberlake


Comentário:

«FOR A BETTER EDISON»

Uma expressão que poderá ser seguida de uma outra (esta mais popular e provavelmente por vós conhecida) «Até a mais bela rosa tem espinhos».

Edison é uma cidade que tivera sérios problemas, no que respeita à organização, no passado. Os tempos mudaram e Edison parecia ser uma cidade perfeita, onde o crime era combatido até
a exaustão.


O ponto alto deste filme encontra-se no argumento. «Edison» trata-se de uma reflexão sobre a sociedade (no que toca à organização e aos serviços de segurança) e o jornalismo.

A estreia de Justin Timberlake na sétima-arte revelou-se, como já seria de esperar, sem grandes surpresas. Trata-se de um mediocre "actor" que está a começar a carreira. Quanto ao jornalista que interpreta... falta-lhe um pouco mais de paixão (pela profissão).

Morgan Freeman representa a sabedoria do filme, enquanto que Kevin Spacey representa o mistério.

A grande revelação do filme encontra-se na prestação de LL Cool J, um polícia sofrido que se encontra dividido entre a profissão e a moral.

Um filme que apela à reflexão.

Classificação:


A grande estreia da semana

A Casa da Lagoa

domingo, julho 23, 2006

Finais Felizes (2005)



Título Original: Happy Endings
Realização: Don Roos
Argumento: Don Roos
Género: Drama/Comédia
Intérpretes: Lisa Kudrow, Steve Coogan, Jesse Bradford, Maggie Gyllenhall

Comentário:

O que é um final feliz? Para x um final feliz, pode corresponder ao que para y é um final infeliz.

Há que ter em conta que para cada questão, a relatividade apodera-se de ambos os lados da “moeda”.

Happy Endings faz-nos reflectir (ainda que de forma um pouco descontraída) sobre temas polémicos do social: adopção, homosexualidade, entre outros.

A forma como o filme está construído, tendo recurso a informações adicionais que não só informam como divertem o espectador, acaba por ser o ponto forte da película.

Com uma filmagem pouco fotográfica, Happy Endings consegue a virtude de tratar de forma objectiva as pequenas tramas da história.

Lisa Kudrow e Maggie Gyllenhall têm as prestações mais marcantes do filme.

Entre a comédia e o drama, este é um filme que não deve perder se procurar uma produção não comercial.


Classificação:

7/10
****

Estreias a 20 de Julho

O Fio da Vida
O Sabor da Paixão
Piratas das Caraibas 2: O Cofre do Homem Morto
Profissão: Repórter
Toda a verdade sobre o amor

sábado, julho 15, 2006

Carros (2006)

--Ficha Téncica--
Título Original: Cars
Realização: John Lasseter
Vozes: Owen Wilson; Bonnie Hunt
Género: Animação

Classificação:


sexta-feira, julho 14, 2006

Estreias a 13 de Julho

Assombrados - Uma História Americana
Diários da Bósnia
Edison
Finais Felizes
A Honra do Dragão
Pular a Cerca
Tara Road - Vidas Trocadas
Tristão e Isolda

segunda-feira, julho 10, 2006

Pensamento do dia

Os tradutores de cinema em Portugal não passam de uns realizadores wannabe!


P.s: Fica explicada a incongruência de traduções, sobretudo no que respeita a títulos.