quinta-feira, maio 03, 2007

IndieLisboa 2007: o ano da consagração





A 4.ª edição do Festival de Cinema Independente (IndieLisboa) decorreu nos cinemas King, Londres, São Jorge e Fórum Lisboa, de 19 a 29 de Abril. A sessão de encerramento teve lugar sábado, no São Jorge, onde foram ainda anunciados os vencedores do certame.



Um ambiente descontraído com música ambiente e bar aberto convidava ao convívio. Trocavam-se impressões sobre as obras visionadas, a selecção deste ano, os possíveis vencedores e ainda o filme de encerramento, cortesia da Lusomundo Audiovisuais. A encerrar o festival Death of a President do realizador, britânico, Gabriel Range prometia polémica. Um ficdoc (Documentário de Ficção) sobre o assassinato de George W. Bush. No final, O Movie Slate conseguiu apurar que a obra não correspondeu às expectativas de alguns espectadores. Classificaram-na como previsível e longa, apesar de ter apenas 90 minutos de duração.



Os vencedores foram anunciados pelos júris da respectiva secção. O Júri Internacional (o mais importante do festival) atribuiu um prémio ex-aequo na categoria grande prémio de longa-metragem. As obras premiadas foram El Amarillo, do argentino Sergio Mazza e Love Conquers All, da malaia Tan Chui Mui.



De Portugal, quatro obras vencedoras. O Balaou de Gonçalo Tocha recebeu os prémios de melhor longa-metragem Portuguesa e melhor fotografia numa longa-metragem Portuguesa. Leonor Noivo conseguiu dois prémios com o seu documentário Excursão. Uma menção honrosa e ainda o Prémio Tóbis para melhor curta-metragem portuguesa. Nuno Bernardo revelou-se o melhor realizador português em curta-metragem com a obra Primeiro Voo.



A quarta premiada ligada a Portugal foi Jeanne Waltz com Pas Douce. A realizadora Suiça viveu entre 1989 e 2003 em Portugal, onde se estreou na realização. Pas Douce é a sua segunda longa-metragem. Arrecadou o prémio de distribuição. Em declarações ao Movie Slate disse que nesta obra quis abordar “o sentimento físico de estar encurralada, através do papel de uma enfermeira”. Anunciou que a temática é a mesma da longa-metragem anterior, Daqui P’rá Alegria (2003). No entanto, em Pas Douce, as personagens reagem de outra forma. “Este filme sempre foi para ser filmado lá [Suiça]. Interessou-me esta mistura de campo-cidade. E a dureza e frieza de lá”, disse Jeanne aquando a apresentação da sua obra aos espectadores, sábado, no King.



O IndieLisboa 2007 conseguiu 35.500 espectadores. Sendo a edição mais concorrida. As obras vencedoras foram novamente exibidas, domingo, nas salas que acolheram o festival.

Um comentário:

Pedro Soares Lourenço disse...

Estava curioso para saber o número de espectadores do Indie. Encontrei-o finalmente aqui. Boa!
Acho engraçado também o exercício que fazes como se o tu blogue fosse um órgão de comunicação social – “em declarações ao…”. É também para isso que no teu caso um blogue serve. Beijos.