
domingo, dezembro 28, 2008
A menina do momento

quinta-feira, dezembro 25, 2008
terça-feira, dezembro 23, 2008
domingo, dezembro 21, 2008
A história mais improvável
domingo, dezembro 07, 2008
Alguém com paciência para este tipo de coisas?
A Turma (Entre Les Murs)


sexta-feira, dezembro 05, 2008
O regresso...
A melhor interpretação de Angelina Jolie
quinta-feira, dezembro 04, 2008
Um Filme de Fugir!
terça-feira, dezembro 02, 2008
Aventuras Londrinas Parte 3
Aventuras Londrinhas Parte I
domingo, novembro 09, 2008
Ainda se lembram dela?

Quantum of Solace
terça-feira, outubro 21, 2008
Antestreia de Ensaio sobre a cegueira reúne Saramago, Meireles e Garcia Bernal em Portugal
segunda-feira, outubro 20, 2008
A Turma (Entre Les Murs) em ante-estreia no DocLisboa
sexta-feira, outubro 17, 2008
O DocLisboa também é para os miúdos

O Festival Internacional de Cinema Documental (DocLisboa), que começou ontem em Lisboa, conta com um ateliê dedicado às crianças dos 8 aos 12 anos.
“Docs 4 Kids” é uma iniciativa que tenta mostrar o documentário como experiência de aprendizagem e crescimento.
“São ateliês onde as crianças se podem inscrever e desenvolver o seu gosto pelo documentário” anunciou Sérgio Treffaut, director do festival.
Os ateliês desenvolvem-se a partir do visionamento de excertos do documentário “The Red Race” que trata o quotidiano de um grupo de crianças provenientes de zonas rurais pobres e que sonham conquistar uma medalha de ouro. “The Red Race” apresenta os custos físicos e emocionais da alta competição.
O “Doc 4 Kids” realiza-se no cinema São Jorge, em Lisboa, nos dias 18, 19 e 25 de Outubro.
Para informações e inscrições contacte o 96 327 12 55 ou escolas@doclisboa.org.
quarta-feira, outubro 15, 2008
sábado, outubro 11, 2008
Tempestade Tropical (2008)

Título Original:
Tropic Thunder
Realização:
Ben Stiller
Argumento:
Ben Stiller
Género:
Aventura
Comédia
Elenco:
Ben Stiller
Jack Black
Robert Downey Jr.
A Ben Stiller faltava um impulso no currículo. A sua interpretação mais emblemática (“Doidos por Mary”) já foi há algum tempo. A película em que enfrenta Robert De Niro no papel de sogro (“Um sogro do Pior”) também não é recente e o fenómeno destas duas interpretações nem sempre se repetiu com os restantes filmes. O seu talento começou a ser posto em causa, apesar dos resultados na bilheteira.
Em “Tempestade Tropical” Stiller é actor, argumentista, realizador e produtor. O resultado: bastante positivo. A sua personagem Tugg Speedman é apresentada como um actor cuja carreira já teve melhores dias. Algo biográfico, não?
“Tempestade Tropical” tem como premissa a realização do filme de guerra mais caro de sempre. Trata-se da adaptação de uma obra, o veredicto de um veterano de guerra que conseguiu escapar a uma desastrosa missão no Vietname em 1969. Uma situação comum no mercado da sétima arte.
O produtor Les Grossman (Tom Cruise), um dos homens mais ricos do mundo segundo a revista Forbes, cede a realização ao novato Damien Cockburn (Steve Coogan) habituado ao teatro. A inexperiência, o vedetismo dos protagonistas e a dimensão do desafio ditaram atrasos na produção, bem como a perda de parte do orçamento.
Cockburn, movido pela influência do veterano de guerra cuja obra estava a ser adaptada, decidiu levar os actores para o Vietname e tornar tudo o mais real possível. Era importante que os actores não tivessem acesso aos assistentes bem como aos demais luxos de vedeta. É aqui que “Tempestade Tropical” ganha os seus contornos.
“Tempestade Tropical” é muito mais do que uma comédia com actores conhecidos e explosões à mistura. Trata-se de um abanão, sério, à estrutura de Hollywood. Uma crítica aos actores com síndrome de vedeta. Sim, as estrelas do cinema que não passam sem os luxos ou as negociações dos assistentes. Uma crítica às megas-produções e ao product placement. Uma crítica às adaptações cinematográficas e até mesmo à penetração dos encenadores teatrais no meio.
Critica os blockbusters apesar de ser na sua essência um “filme pipoca” com algo a acrescentar. “Tempestade Tropical” tem de ser visto com outros olhos. Ou seja, requer uma análise para além das cenas que passam no ecrã. Se tal for feito “Tempestade Tropical” alcança um estatuto bem superior ao de “comédia pipoca”.
Do trio de estrelas Robert Downey Jr. tem o maior brilho. Ele é Kirk Lazarus o actor que já ganhou Óscares e que agora tem em mãos a interpretação de um veterano de guerra negro. Conhecido pelo empenho em todos os seus papéis, um verdadeiro camaleão no que respeita à caracterização, decide ser operado para mudar a pigmentação da pele.
Mas se Downey Jr. brilha, Tom Cruise surpreende. Uma presença inesperada nesta fita e com uma interpretação bem diferente de todas as que fez anteriormente. Será esta a tentativa encontrada por Cruise para cair, novamente, nas “boas graças” do público?
Jack Black não apresenta diferença em relação aos papéis anteriores, contudo cabe a ele o momento mais engraçado do filme – uma cena de luta após uma desintoxicação forçada. Ben Stiller conseguiu alcançar o que ele e o seu personagem procuravam, um twist na carreira.
Sem grandes problemas de filmagem, sonoplastia ou de argumento “Tempestade Tropical” é uma película que merece atenção e reconhecimento. Será que vai ficar na história do cinema por aquilo que representa?
Se está a pensar ver “Tempestade Tropical” não se atrase na ida para a sala de cinema é que há trailers fictícios com os actores do filme antes da película. À semelhança do que foi feito no grindhouse “Planet Terror” e “Death Proof”.
Classificação:
sexta-feira, outubro 10, 2008
O Panda do Kung Fu (2008)

Kung Fu Panda
Realizador:
Mark Osborne
John Stevenson
Género:
Animação
Artes Marciais
Vozes no original:
Jack Black
Dustin Hoffman
Angelina Jolie
E se um panda (bem pesado) fosse o melhor guerreiro do kung-fu?
Classificação:
quarta-feira, outubro 08, 2008
A Múmia: O Túmulo do Imperador Dragão (2008)

Título Original:
The Mummy:
Tomb of the Dragon Emperor
Realização:
Rob Cohen
Género: Aventura
Elenco:
Brendan Fraser
Jet Li
Maria Bello
John Hannah
Cuidado… o exército terracota vem aí!
“A Múmia” (1999) foi um inesperado sucesso de bilheteira. O tema ainda não estava devidamente explorado tendo em conta as potencialidades que a tecnologia podia proporcionar a uma história de múmias. O filme de Stephen Sommer arrecadou mais de 415 milhões de dólares a nível mundial. O segundo filme da saga, “O Regresso da Múmia” (2001), conseguiu mais de 433 milhões de dólares a nível mundial, muito devido ao sucesso inesperado do primeiro.
Um novo episódio, “O Túmulo do Imperador Dragão”, estreado a 31 de Agosto já rendeu quase 300 milhões de dólares em todo o mundo. A receita do filme deve-se à fidelização criada pelos filmes anteriores, no entanto desta vez o resultado não foi o esperado.
“O Túmulo do Imperador Dragão”, realizado por Rob Cohen (“Stealth”, “The Fast and The Furious”) resulta na degradação de um produto de sucesso. A extensão da intriga, um novo cenário e o mau argumento ditaram que o mais recente filme d’ “A Múmia” fosse um fiasco comparado com os antecessores.
A nova história desenrola-se na China contrariando os episódios anteriores, ambos passados no Egipto, zona habitualmente conotada com a existência de múmias. Há provas que ligam o legado do Imperador Han à mumificação de um casal europeu e uma criança, As Múmias de Urumchi, mas tal é tido nos registos como um caso isolado. Um facto aproveitado e distorcido pelos argumentistas do filme. Pesquisas à parte, parece-nos a todos pouco provável a existência de múmias na China e ainda mais quando se trata de um verdadeiro exército de múmias.
Outro facto histórico aproveitado pelos argumentistas é a história de Qin shi Huang Di, que implementou do conceito império na China. Huang Di foi responsável por grandes reformas sociais e económicas. O imperador foi sepultado junto a um exército de guerreiros terracota que tinha a missão de zelar por ele no além.
O Imperador Han (Jet Li) e o seu exército morrem após ser conjurada uma magia. Dois mil anos depois, Alex O’Connel (Luke Ford) filho do casal O’Connel (protagonizado por Brendan Fraser e Maria Bello) descobre o túmulo do Imperador Han, também conhecido como o Imperador Dragão. É a partir desta descoberta que a intriga se vai desenvolver.
Uma das surpresas do filme consiste na conjugação do elenco d’ “O Herói” (2002) com os veteranos d’ “A Múmia” à excepção de Rachel Weisz aqui substituída por Maria Bello (“World Trade Center” e “Coyote Bar”). Problemas com o guião fizeram com que Rachel Weisz não regressasse ao elenco. Weisz oscarizada em 2006 pelo desempenho em “O Fiel Jardineiro” (2005) seguiu um rumo diferente do restante elenco de “A Múmia”, em termos de carreira.
Stephen Sommers, realizador e argumentista dos filmes anteriores, delegou a sua função a outros profissionais por estar demasiado compenetrado, na altura, com a realização de “Van Helsing”, contudo permaneceu ligado a “O Túmulo do Imperador Dragão” enquanto produtor. Sommers tem neste momento um filme em pós-produção (“G.I. Joe: Rise of the Cobra”), dois em pré-produção (“When Worlds Collide” e “Airborn”) e um outro anunciado (“Magic Kingdom for Sale”).
Uma incongruência trazida pelo filme é a presença de um exército similar ao Nazi, mas com traços asiáticos. Uma tentativa por parte dos argumentistas em aproximar “O Túmulo do Imperador Dragão” ao mais recente filme do “Indiana Jones”. As semelhanças entre os dois franchises não ficam por aqui. Ambos apresentam um novo sidekick para o aventureiro da história e o novo franchise de “A Múmia” ainda faz recurso a algumas situações utilizadas em anteriores aventuras do “Indiana Jones”.
A história faz pouco sentido, muito devido à ideia arrojada de levar a acção para a China. Posto isto, as múmias não são tradicionais (dos filmes anteriores) mas estátuas de terracota (espécie de bairro vermelho usado em cerâmica). O argumento não permite a evolução de personagens nem o estabelecimento de uma ligação entre vários acontecimentos. Apesar de ter sido escrito por dois argumentistas de créditos firmados (“Smallville” e “O Homem-Aranha 2”) o encanto que marcou os filmes anteriores não está presente neste. “O Túmulo do Imperador Dragão” tem efeitos especiais a mais (muitas vezes desnecessários), história a menos e um humor que não convence ninguém. Resumindo em “O Túmulo do Imperador Dragão” tudo é demasiado cliché. Outro dos grandes problemas deste filme é a filmagem extremamente rápida em alguns momentos, com o objectivo de criar uma impressão de acção, o que impossibilita o acompanhamento da cena ou até mesmo a transposição do espectador para a intriga.
A interpretação que Maria Bello faz de Evelyn O’Connell é um dos maiores problemas do filme, em nada se assemelha à dos filmes anteriores, não tem a mesma personalidade e apresenta-se com um teor de pin up em vez de arqueóloga.
“O Túmulo do Imperador Dragão” é o resultado de uma produção de baixo custo apesar de ser uma das grandes apostas para o verão de 2008. Este é sem sombra para dúvida um dos piores filmes do ano.
Classificação:
terça-feira, outubro 07, 2008
Mamma Mia! (2008)

Divagações à parte, “Mamma Mia!” é a adaptação cinematográfica de um musical com o mesmo nome, sustentado pelas músicas dos ABBA – um grupo sueco que teve imenso sucesso nas décadas 1970 e 1980. A realização de ambos está a cargo de Phyllida Loyd.
O musical estreou sensivelmente 25 anos após os ABBA terem ganho o Festival Eurovisão da Canção com o tema Waterloo, em 1974. As pessoas movimentavam-se nos seus assentos ao som da música. Foi um sucesso. Entre 1999 e 2006, o musical foi visto por mais de 35 milhões de espectadores a nível mundial, ultrapassando o êxito obtido pelos musicais Cats e O Fantasma da Ópera, ambos de Andrew Lloyd Webber.
E se o musical conquistou o público em São Francisco, Broadway, Hamburgo, Las Vegas, Madrid, Estocolmo, Osaka e Moscovo, o filme chegou a muito mais pessoas. “Mamma Mia!” é já o filme mais visto do ano em Portugal, ao conquistar 539 mil espectadores em 5 semanas.
“Mamma Mia!” conta a história de Donna (Meryl Streep) proprietária de uma pensão e mãe solteira de, Sophie (Amanda Seyfried), uma jovem de 20 anos de idade que se vai casar em breve. A acção desenrola-se na Grécia e tem nas músicas dos ABBA não só a banda sonora ideal como o mote para o desenrolar das cenas. Para o casamento Donna convida as duas melhores amigas de Sophie e ainda as suas ex-companheiras de banda, Donna and the Dynamos, Rosie (Julie Walters) e Tanya (Christine Baranski). O desejo de ser conduzida ao altar pelo seu pai, cuja identidade desconhece, leva Sophie a convidar três homens que fizeram parte da vida da sua mãe na altura em que foi concebida. É aqui que a aventura começa.
Pierce Brosnan, Colin Firth e Stellan Skargsgård dão a vida aos três possíveis pais de Sophie, que aqui acabam por representar três vertentes do cinema acção, romance e indie.
É frequente as letras das canções dos ABBA substituírem os diálogos habituais. Surgem no meio da conversa, dão teatralidade à cena e animam a audiência. As vozes são as dores actores. Enquanto Amanda Seyfried e Meryl Streep se destacam de forma formidável não só na representação mas também no canto, Pierce Brosnan faz um grande esforço nas cenas musicais. Um desempenho que oscila entre o razoável e o mau.
“Mamma Mia!” estreou na melhor altura do ano, o fim do verão. As férias já acabaram para a maior parte das pessoas e o regresso ao trabalho é marcado pela nostalgia dos dias de praia, da areia nos pés, da tarde na esplanada ou até mesmo daquela indesejada insolação. Durante cerca de duas horas, “Mamma Mia!” consegue afastar as preocupações do público e “transportá-los” a um sítio idílico, uma ilha grega. Espera-se inclusive uma forte afluência de turismo na região no próximo ano, devido ao sucesso do filme.
E se o verão é a época, por excelência, da silly season… o verão de 2008 não podia ter terminado de melhor forma. “Mamma Mia!” cumpre na perfeição a função a que se propõe, entreter. O regresso das músicas dos ABBA é o aspecto mais positivo da película, para além do excelente desempenho dos actores. O destaque vai claramente para a novata Amanda Seyfried, fã de musicais sobretudo do “Mamma Mia!”, que consegue estar à altura na representação e no canto. Muitas vezes um grande elenco não representa necessariamente um bom filme, neste caso tal não acontece.
O facto de não ter sido dirigido por um realizador, mas pela encenadora do espectáculo original, tornou a adaptação o mais fiel possível. Tal pode ser encarado como um aspecto negativo na medida em que algumas cenas são simplesmente ridículas, nomeadamente os coros que surgem dos sítios menos imagináveis durante as músicas.
No que diz respeito à técnica há alguns problemas de montagem (cortes, passagem entre cenas) e ainda de filmagem (sim, há cabeças cortadas).
Gosta dos ABBA? Quer distanciar-se por duas horas da rotina do dia-a-dia? Então, este pode ser o filme para si.
Classificação:
segunda-feira, outubro 06, 2008
Wall-E

Imagine um robot desengonçado, emotivo, não de grandes dimensões, cuja tarefa é limpar o lixo que os humanos produziram na Terra. Os humanos, esses, foram levados para o espaço após o planeta azul ter ficado inabitável.
O modelo WALL·E foi a solução criada para resolver o problema. A história da mais recente criação da Disney/Pixar tem lugar setecentos anos após os humanos mudarem-se para o espaço. O cenário no planeta Terra não é o mais animador. WALL·E transforma o lixo em cubos e empilha-o. Ao longe, as pilhas de lixo assemelham-se à paisagem de Nova Iorque (até onde vai a imaginação de Andrew Stanton em conjunto com as potencialidades do cgi).
O pequeno robot é não só o último sobrevivente da sua espécie como também uma das últimas fontes de vida no planeta (não nos podemos esquecer da barata de estimação de WALL·E). É fácil o espectador identificar-se com o robot. Este cumpre diariamente um horário de trabalho e no final do dia regressa a casa com o cansaço estampado no rosto (com o olhar caído). WALL·E admira os humanos, apesar de ter sido construído para corrigir os erros destes, colecciona objectos deixados por estes, tem uma televisão e o seu bem mais precioso é um VHS do musical Hello, Dolly!
Enquanto o WALL·E limpa a Terra, os humanos divertem-se numa espécie de resort espacial. A vida sem preocupações no espaço tornou-os ociosos (são permanentemente transportados numa espécie de espreguiçadeira, esqueceram-se de como usar os membros inferiores e alimentam-se à base de fast food), frios e superficiais.
A película ganha uma nova vida com o surgimento da sonda EVE. Inicialmente a sua relação com WALL·E não é amistosa. Contudo, são os momentos entre os dois protagonistas que fazem de WALL·E um filme encantador para qualquer idade.
Apesar de o marketing criado em torno deste filme estar direccionado para as crianças (peluches, livros de histórias e de colorir, material escolar, entre outros) no que concerne à história WALL·E é um filme para os mais crescidos. Trata-se de um alerta ao nosso estilo de vida e à saúde ambiental. Sejamos francos, elementos deste tipo são complexos aos olhos de uma criança. Resultado? É frequente ouvir imensas perguntas, ao longo da película, nas sessões que têm crianças na plateia. Não só a mensagem é-lhes direccionada como os protagonistas do filme não falam.
Posto isto, WALL·E foi claramente uma aposta de risco por parte da Pixar. A história é diferente, não há diálogos e o target não é o habitual. O risco corrido pela Pixar e a lufada de ar fresco que este filme representa nos filmes de animação fez com que WALL·E fosse o filme mais visto em Portugal no mês de Agosto (quase 179 mil espectadores). Tudo porque os gestos valem mais que mil palavras.
Classificação: